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COMUNIDADE DO POÇO DA DRAGA

Na década de 1940 a população dessa região teve sua rotina ligada a atividades portuárias e pesqueiras, pois ali funcionava o antigo porto de Fortaleza. A construção do Porto do Mucuripe permitiu o avanço das marés na região, acarretando na destruição parcial da praia e de várias edificações. Restaram alguns trechos ocupados por habitações de classe média ou baixa, convivendo com espaços deteriorados, casas de prostituição e bares frequentados por boêmios e intelectuais.

 

A comunidade do Poço da Draga se consolidou naquela região entre as décadas de 1940 e 1970, formada pelas famílias de pescadores que viviam nas proximidades. Hoje essa comunidade conta com cerca de 2.030 moradores em 505 casas.

 

Em 2001 o Governo do Estado do Ceará, durante a gestão do então governador Tasso Jereissati, anunciou a construção do Centro Multifuncional de Feiras e Eventos, pretendendo construí-lo no local da comunidade do Poço da Draga, além do aterro marítimo de 19 hectares, sendo esse projeto elaborado sem a participação da PMF.

 

A solução do governo do estado nesse caso foi o reassentamento dos moradores em um conjunto de prédios que seria construído nas proximidades da praia. Essa solução, porém, gerou revolta na comunidade, que se recusou a ser removida e participou de assembleias para propor outras soluções.

 

No fim, o Centro de Eventos do Ceará foi construído na Av. Washington Soares, não havendo assim o remanejo proposto da comunidade.

 

Atualmente a comunidade do Poço da Draga viu maiores investimentos, desde que foi demarcada como uma ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) no Plano Diretor Participativo de 2009. Em 2013 a prefeitura de Fortaleza anunciou o projeto de requalificação da comunidade como parte do PAC 2, prevendo beneficiar 500 famílias e investindo mais de R$ 35 milhões no Poço da Draga e na Lagoa da Itaperoaba.

 

Em Dezembro de 2015 essa comunidade ganhou vida novamente ao ser palco da Feira Massa, um evento que tem como objetivo integrar a cidade por meio da arte e suas mais variadas formas de manifestações culturais. Segundo relatos dos próprios moradores, a comunidade nunca teve tanta evidência quanto na Feira Massa, pois tornou sua existência mais visível, recebendo investimentos para requalificação, uma nova quadra de futevôlei, fazendo assim com que o índice de criminalidade caísse e os moradores da área tivessem maior liberdade de congregar.

Poço da Draga

Poço da Draga

Uma das entradas.

Poço da Draga

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Quadra construída na comunidade.

Poço da Draga

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Ausência de pavimentação adequada.

Poço da Draga

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O professor de capoeira Tiago junto com a sua turma.

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